Eu demorei muito tempo para compreender...
Que as vezes determinado lugar,
Por mais que a gente queira estar presente, não nos cabe mais.
Que as vezes uma amizade,
Por mais que a gente deseje permanecer na vida da pessoa, nossa presença não é mais aceita.
Que as vezes um sorriso,
Nem sempre é sinônimo de felicidade por nossa chegada.
Que as vezes um julgamento,
Por mais doloroso que seja, é preciso deixar que o tempo cumpra seu papel.
A gente demora a entender que as vezes é necessário sair de cena.
Há capítulo que não existe ponto de continuação.
Há ciclo que é necessário encerrar para que o novo flua.
Há fase que o precisa ser deixada para que uma próxima possa chegar.
Na vida de algumas pessoas a gente permanece,
Em alguns lugares a gente é bem vindo,
Mas é preciso compreender quando se faz necessário,
Virar a página, seguir outro atalho, desfazer laços, dizer até logo, criar outros hábitos, escrever novas histórias.
Pessoas vão se afastando,
E ficamos nos perguntando o que podemos fazer...
A gente encara o fato de alguns planos não darem certo,
E ficamos nos questionando o porquê...
E depois de um tempo eu compreendi que está tudo bem nisso tudo.
Faz parte do que chamamos vida.
Ela está sempre em transformação, se renovando.
E as vezes no próximo capítulo determinada pessoa já não caiba mais.
Ou talvez o nosso papel na vida daquela pessoa já se cumpriu.
Há um grito dentro da gente que precisa ser escutado.
E precisamos aceitar, que algumas coisas, pessoas, lugares, hábitos...
Já não cabem, vamos ficando apertados, nos sentindo sufocados.
Um novo jeito de escrever, de florescer, de ser vai surgindo.
Nada disso muda a nossa essência.
Apenas te leva para o lugar que você deve estar,
E te apresenta a sua nova versão.
As vezes somos obrigados a dizer até logo, para quê o nosso novo eu possa enfim nascer.
E para que possamos continuar iluminando caminhos, histórias e pessoas, inclusive a gente mesmo.